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Superando a turbulência em um mundo de trabalho à distância: insights do Índice Anatomia do Trabalho 2021

Leia este artigo em inglês, francês, alemão, espanhol ou japonês.

Todos os profissionais do conhecimento (no total, são 1,25 bilhão no mundo todo) foram afetados pela pandemia de COVID-19. Para muitos deles, a mudança repentina para o trabalho remoto gerou um aumento da adoção de ferramentas de colaboração, bem como uma aceleração das transformações digitais.

Em 2019, lançamos o nosso primeiro Índice Anatomia do trabalho para analisar como as pessoas distribuíam o seu tempo no trabalho e os fatores que moldavam esses hábitos. No semestre passado, lançamos a pesquisa Anatomia do trabalho: Equipes remotas para examinar como os profissionais do conhecimento estavam lidando com a mudança repentina para o trabalho remoto e distribuído.

Hoje, estamos lançando o Índice Anatomia do trabalho 2021, baseado nas nossas pesquisas anteriores e levando em consideração todas as mudanças que ocorreram, ou não. Nesse relatório, investigamos a transformação pela qual o trabalho passou em um mundo que ainda está se ajustando aos efeitos da pandemia global, bem como os próximos passos a serem dados para aumentar a resiliência de agora em diante.

Para entender como o ambiente de trabalho mudou, o que está funcionando ou não, e para explorar abordagens mais adequadas, analisamos as atitudes e comportamentos de mais de 13 mil profissionais do conhecimento na Austrália, França, Alemanha, Japão, Cingapura, Reino Unido e EUA.

O Índice Anatomia do trabalho 2021 da Asana explora como indivíduos, equipes e organizações como um todo podem levar clareza ao caos do trabalho, redefinir as suas posturas em busca de maior resiliência e prosperar à medida que vão se adaptando. Aqui estão alguns dos principais insights coletados do mundo todo.

Volumes de trabalho maiores e jornadas mais longas

Em um mundo que mudou tanto no último ano, os pormenores organizacionais do trabalho continuam a predominar. Mesmo com a mudança para o trabalho remoto pela qual tantos tiveram que passar, os profissionais do conhecimento continuam a gastar 60% do dia se organizando para poder trabalhar, em vez de dedicar esse tempo ao trabalho qualificado para o qual foram efetivamente contratados.

O que mais continua igual, ou não, com o passar dos anos? De acordo com os participantes da pesquisa, o principal obstáculo à produtividade em 2020 foi o volume de trabalho crescente, em vez de uma quantidade excessiva de e-mails e mensagens a serem respondidos, que foi a principal queixa do ano anterior.

Além dos volumes de trabalho crescentes, as jornadas de trabalho também ficaram mais longas. Embora tenhamos notado que as equipes reduziram as conversas informais, isso não resultou em jornadas de trabalho mais curtas. Essas comunicações acabaram sendo substituídas por reuniões desnecessárias, o que custou a cada funcionário 157 horas no último ano.

Embora os profissionais do conhecimento do mundo todo tenham tido que se adaptar a desafios semelhantes oriundos do trabalho remoto e distribuído, cada país apresentou uma resposta diferente:

  • Os funcionários da Austrália e Nova Zelândia sentem-se mais ouvidos por suas organizações (23%, em comparação com a média mundial de 15%) e são os mais otimistas em relação ao próximo ano no trabalho.
  • Os profissionais da França perdem a maior porcentagem de tempo (quase 66%) com os pormenores organizacionais do trabalho a cada semana, e também estão enfrentando mais dificuldades para desligar-se do trabalho no fim do dia devido ao trabalho remoto.
  • Apenas 13% dos funcionários da Alemanha se sentem totalmente ouvidos por suas organizações, sendo que um terço (32%) gostaria de horas mais flexíveis ao trabalhar remotamente.
  • Os trabalhadores do Japão utilizam comunicações por escrito mais que qualquer outro país, o que resulta em dificuldades para lidar com muitas mensagens e e-mails, que são o seu principal motivo de desconcentração.
  • Os profissionais do conhecimento de Cingapura têm a semana de trabalho mais longa (mais de 42 horas), sendo o país onde há a maior probabilidade de os funcionários trabalharem após as 17h30.
  • O Reino Unido é o país onde menos se perdem prazos entre todos, mas apresentou uma alta probabilidade de ocorrência da síndrome do impostor no último ano. 
  • No topo da lista, quase nove a cada dez (89%) dos profissionais dos EUA chegaram à exaustão psicológica em 2020, com uma taxa semanal de perda de prazos de 36%.

Pensando no futuro: como trabalharemos em 2021?

O novo ano traz uma chance de recomeçar e proporcionar aos indivíduos e equipes mais engajamento significativo com o trabalho e oportunidades de acelerar o seu desenvolvimento profissional.

Então, como será o trabalho em 2021?

No âmbito individual, os funcionários preferem trabalhos que sejam pessoal e profissionalmente recompensantes, não importa de onde estejam trabalhando. Os participantes da pesquisa mencionaram trabalhos envolventes e prazerosos como o principal motivador para darem o melhor de si, seguido por agregar valor à empresa e evoluir em seu desenvolvimento profissional no próximo ano. No âmbito organizacional, aumentar o nível de clareza (de cima para baixo) e consolidar as ferramentas serão essenciais para obter êxito.

“Antes da COVID-19, surgiu uma urgência para as empresas de buscar mais clareza e alinhamento. Clareza é muito difícil de obter mesmo com as equipes dentro dos escritórios, mas isso é ainda mais desafiador com o trabalho remoto”, segundo Dustin Moskovitz, diretor executivo da Asana. “De agora em diante, algumas empresas continuarão a trabalhar de casa, outras voltarão aos escritórios, enquanto outras adotarão uma mistura dos dois. De uma ponta a outra desse espectro, a Asana desempenha um papel importante em termos de levar clareza às equipes, independentemente de onde estiverem trabalhando.”

Como se tornar uma empresa resiliente e ágil em 2021

Embora a realidade de onde e quando trabalhamos tenha mudado, 2020 mostrou-nos que a nossa forma de gerenciar o trabalho não conseguiu acompanhar o ritmo. As equipes e organizações enfrentam dificuldades para coordenar tudo isso. Os pormenores organizacionais do trabalho continuam a predominar, gerando caos, confusão e exaustão. Esse desalinhamento, por sua vez, impede que todos deem o melhor de si e que as empresas sejam bem-sucedidas.

Se quiserem ser mais ágeis e resilientes, as organizações precisarão enfrentar esses problemas e adaptar-se no decorrer do próximo ano. De agora em diante, o gerenciamento do trabalho será uma ferramenta crucial para que os locais de trabalho possam prosperar.

“Com a Asana, conseguimos reduzir as reuniões em 90% e aumentar a produtividade da equipe em 40%.”

Mark Fazio, gerente geral da MATE

Capacitando organizações inteiras com base nos princípios fundamentais do trabalho em equipe (clareza, transparência e responsabilização), o gerenciamento do trabalho pode ajudar-nos a sair do modo de sobrevivência e a começar um período de prosperidade no ano que se inicia.

Para saber mais, baixe a versão completa do Índice Anatomia do trabalho 2021.

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