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Como gerir uma equipe num período de acelerado crescimento: uma conversa como Trinity Mouzon Wofford, diretora executiva e cofundadora da Golde

Leia este artigo em inglês, francês, alemão, espanhol ou japonês.

Aqui na Asana, durante todo o mês da História da Mulher, celebramos a presença de mulheres em cargos de liderança. Uma liderança forte é algo crucial para que se possa gerir com sucesso uma equipe — seja ela composta por uma só pessoa, por dez pessoas, ou uma empresa inteira, e isso foi comprovado de forma especial no transcorrer do último ano, que se apresentou desafiador em tantos aspectos, mas que também criou oportunidades inesperadas. 

E foi exatamente isso que Trinity Mouzon Wofford, diretora executiva e cofundadora da Golde, compreendeu quando a sua empresa passou por um acelerado crescimento durante o período da quarentena causada pela pandemia de COVID-19 no ano passado. Com seus suplementos, máscaras e combinações de supernutrientes, a Golde tem a missão de fazer com que os produtos de bem-estar sejam simples, acessíveis e divertidos — e a Trinity segue uma abordagem semelhante na gestão da sua crescente equipe.

Conversamos com a Trinity sobre a sua jornada no empreendedorismo e sobre como essa experiência moldou o seu estilo de gestão. Ela compartilhou conosco excelentes dicas e práticas recomendadas que podem nos ajudar a ser melhores gestores. Leia a seguir sobre a nossa conversa.

P: Qual foi a sua inspiração para cofundar a Golde?

R: A inspiração por trás da Golde foi a minha própria experiência no consumo de produtos de bem-estar. Eu me sentia sem opções: de um lado, havia os produtos antiquados que eu cresci usando em Nova York, e de outro, existia essa nova onda de itens que transmitiam uma imagem de ultraluxo e prestígio, que não tinham muito a ver comigo e que, para ser bem sincera, eram caros demais para mim. 

Então, eu decidi me concentrar na ideia de pegar os produtos de bem-estar e deixá-los mais simples, acessíveis e divertidos para todos. Acrescentamos um pouco mais de descontração ao cuidado pessoal, e oferecer preços acessíveis era uma das condições fundamentais para nós.

P: Você sempre soube que gostaria de ter o seu próprio negócio? 

R: A ideia sempre me entusiasmou muito, mas eu não sabia que isso poderia ser uma escolha profissional. A possibilidade de ser uma empreendedora nunca me foi sugerida na escola. Quando fui fazer faculdade em Nova York, tive contato com esse outro universo, cheio de variadas opções de carreira. 

A ideia de usar a minha criatividade no trabalho e de dar a ela uma abordagem empreendedora era algo que me encantava. Então, à medida que comecei a trabalhar, descobri que as minhas habilidades eram mais adequadas a isso mesmo.

P: E hoje você é cofundadora e diretora executiva da Golde! Quais são as suas principais atribuições na empresa? 

R: A nossa empresa foi criada há quatro anos e, durante os primeiros três anos e meio, o meu trabalho incluía um pouco de tudo. Minha sócia e eu éramos as únicas funcionárias em tempo integral, então dividíamos entre nós todas as responsabilidades, desde a elaboração de uma legenda para o Instagram ou o envio do boletim informativo, até responder aos e-mails dos clientes. 

Com tantas atribuições a realizar, precisei ser realista quanto ao que seria possível e ao que não seria possível fazer. Houve vezes em que olhei para as empresas maiores, com equipes cem vezes o porte da nossa, e precisei ter em mente que não seria possível me comparar àquele padrão, porque era eu quem estava, literalmente, fazendo tudo ali dentro. E esta é uma questão importante para os empreendedores terem em mente: reconhecer que é necessário priorizar as coisas, já que é impossível fazer absolutamente tudo.

Mesmo que, ainda hoje, tudo passe pelas minhas mãos, nós expandimos e, atualmente, temos uma equipe de oito pessoas. Meu papel passou a ser o de orientar e ajudar a todos para alcançarmos as metas estabelecidas. E eu percebo que, dentro da minha função, o papel de “sistema de suporte” vai se ampliando à medida que crescemos, o que será uma evolução incrível. 

P: Na posição de líder, como saber que chegou a hora de aumentar a equipe? 

R: Nós passamos por um crescimento tão grande em 2020, que nos pegou de surpresa. Tivemos um aumento enorme na demanda com a entrada em vigor das restrições por conta da pandemia e com as pessoas realizando as suas rotinas de bem-estar em casa, seja preparando um chá matcha ou aplicando-se uma máscara facial. 

Na metade do ano, com o movimento de apoio às empresas de pessoas negras, passamos por uma explosão de crescimento. Começamos a bater recorde de venda diariamente, o que é maravilhoso, mas também um tanto assustador, já que não é possível projetar quanto tempo essa situação iria durar, nem o tipo de recursos que seriam necessários.

Em pouco tempo, deixamos de ser uma empresa que contava com a quantidade ideal de pessoas na equipe, e ficamos dez vezes maiores do que antes. Tivemos que acelerar o passo e fazer os ajustes necessários para acompanhar o crescimento. Foi desafiador para mim, na posição de liderança, descobrir qual seria a velocidade a que conseguiríamos nos adaptar, e simultaneamente identificar onde ainda era preciso ir devagar, já que não iríamos querer ter que contratar dez pessoas de um dia para o outro. 

Eu tento me manter muito cautelosa quanto às contratações. Temos a postura de seguir com uma quantidade mínima de pessoas e, então, aumentar aos poucos, conforme percebemos que a demanda está começando a ficar excessiva. Esse foi o meu parâmetro. 

P: Conduzir uma empresa de rápido crescimento não é pouca coisa! Como você aborda a gestão de uma equipe?  

R: Meu estilo de gestão é muito direcionado ao suporte. Na prática, há duas maneiras de se conseguir isso:  

  1. Incentive a sua equipe a ter uma postura empreendedora. Promova as condições necessárias para que os membros da equipe assumam total responsabilidade sobre o próprio trabalho. Parte disso se dá quando você os ajuda a compreender a forma como o trabalho cotidiano de cada um contribui para a missão e os objetivos mais significativos da empresa
  2. Esteja disponível para escutar, avaliar e orientar. Ajude a sua equipe a fazer a conexão entre o trabalho cotidiano e a missão mais abrangente. Em seguida, mantenha-se disponível para guiá-los e fornecer feedback, certificando-se de que estejam na direção certa e oferecendo-lhes o suporte necessário. 

P: Qual foi o melhor conselho que você recebeu e que contribuiu para aperfeiçoar o seu estilo de gestão? 

R: Eu tive ótimos gestores e gerentes ao longo da minha trajetória profissional, mas aqueles que me marcaram de forma especial foram os que conseguiram alcançar o equilíbrio ideal entre estarem disponíveis e me darem espaço para aprender. E eu acredito que isso inclua permitir que a pessoa tenha a oportunidade de errar e aprender com os próprios erros. 

Eu me lembro do meu primeiro emprego depois que me formei na faculdade. Comecei a trabalhar com vendas e precisava fazer ligações de telemarketing, mas eu era péssima nisso. Em um dado momento, o meu gerente disse: “Olha só, a próxima ligação é pra valer”. Eu comecei a tremer, e me lembro de que foi horrível. Fiquei nervosa e me sentindo constrangida, mas ele me deixou prosseguir sozinha por quase toda a ligação, e deu o seu feedback depois da ligação num momento mais oportuno. 

Reconheço o valor disso, porque deve ter sido difícil escutar pacientemente a minha atrapalhação nas ligações. Contudo, é importante deixar que a equipe passe por essas experiências de aprendizado para que possa crescer. Como empreendedora, todos os meus aprendizados vieram dos meus erros. Da mesma forma, precisamos deixar que a nossa equipe tenha também um pouco de espaço para conseguir aprender.

P: Como você e a sua equipe estão usando a Asana na Golde? 

R: Usamos a Asana para gerenciar muitos dos nossos fluxos de trabalho. No âmbito do marketing, usamos a plataforma para gerenciar o nosso calendário de marketing, de modo que todos os membros da equipe saibam em que momento acontecem as coisas, e para que todas as tarefas a serem realizadas estejam em um só lugar.

Além disso, também usamos a Asana para gerenciar as nossas operações e a cadeia de suprimentos, ao acompanhar os novos lançamentos de produtos, monitorar a produção e certificando-nos de que cada mínimo detalhe seja realizado no prazo certo. Essa é uma área em que a organização e os cronogramas são especialmente cruciais, e a Asana tem nos ajudado com isso. 

Também usamos a Asana para organizar a nossa reunião de equipe semanal. Cada um dos membros da equipe tem uma pequena seção dentro do nosso projeto de reunião, onde pode registrar as atualizações que quiser compartilhar com os demais. Quando essa parte da reunião chega ao fim, geralmente encerramos compartilhando umas receitas de sucos e smoothies

No âmbito das minhas atribuições, especificamente, eu gosto de usar a Asana para acompanhar as conversas com investidores, e demais coisas desse tipo. Gosto de organizar tudo em um quadro da Asana só para mim.

P: Qual foi o impacto que a Asana teve sobre a sua empresa e sobre a forma como você gere a sua equipe?  

P: Usar a Asana para gerenciar o nosso trabalho, como as campanhas de marketing e a cadeia de suprimentos, causou um impacto incrível na nossa empresa, especialmente durante o ano passado, quando passamos por um crescimento tão explosivo. Existem tantas coisas a monitorar, que simplesmente não podemos arriscar a que se percam pelo caminho. A Asana nos ajuda a fazer com que tudo transcorra bem e dentro do prazo.

P: Parabéns pelo recente lançamento da linha Super-Ades! O que você e a Golde planejam para o futuro? 

R: Obrigada! Lançamos essa linha de produtos na Target no começo deste ano, e temos muitas novidades a caminho. Temos dois novos produtos que serão lançados ainda este ano, então fiquem de olho! Sigam-nos no Instagram para acompanharem tudo o vem por aí!

Clientes como a Golde, que usam a Asana para alcançar a sua missão, nos inspiram imensamente. Veja como outras equipes em todo o mundo estão trabalhando com a Asana.

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